Política inca


Organização Política

No momento da chegada dos espanhóis, o Império Inca se extendia desde o norte do Equador até o centro do Chile, comprendendo a serra do Equador e Peru, o altiplano boliviano e o noroeste da Argentina. A superfície aproximada do território era um milhão e meio de quilômetros quadrados, com uma povoação estimada entre os quatro e seis milhões de habitantes. Sua capital se chamava Cuzco, que na língua quechua significa “umbigo do mundo”.

No momento de maior expansão, o Tahuatisuyu estava dividido em quatro partes: o Collasuyu, no Sul, que era a mais extensa; o Cuntisuyu, segunda parte do império, que englobava as regiões situadas ao oeste e sudoeste do Cuzco; o Chinchasuyu, que ocupava o território do Equador e o sul da Colômbia e o Antisuyu, que se extendia até o Leste, onde estavam as ladeiras orientais da cordilheira e o começo das selvas amazônicas.

A política de estado era dirigida a integrar as povoações dominadas numa economia capaz de sustentar um império expansionista, estabalecendo uma combinação entre a utilização da terra e do trabalho. Dividiram a administração em setores de dez, cem, mil e dez mil habitantes, cada um deles a cargo de pessoas nomeadas pelo Inca. Isto comprova que os Incas conheceram e aplicaram o sistema decimal desde o século XI da era cristã.

Dentro de cada comunidade eram separadas extensões de terra que constituíam propriedades do Estado, que eram trabalhadas pela população como cumprimento de suas obrigações tributárias. Outra forma de posse de terras eram os “enclaves” estatais de produção (destianados a agricultura intensiva) e os centros administrativos (encarregados do controle de pessoas e tributo das regiões).

Os imperadores incas puderam manter e desenvolver seu extenso domínio, devido a preocupação com o bem estar e a felicidade de seus súditos; não conheciam a fome nem as injustiças agudas, num império denominado “paternalista”, bem organizado.