Comércio asteca


Atividade econômica

A civilização asteca se baseou, do ponto de vista econômico, na agricultura e no comércio. As condições climáticas e topográficas do vale do México, núcleo do império, permitiam o cultivo de produtos de zona temperada, mediante uma adequada organização dos trabalhos agrícolas de forma a amenizar os efeitos das estações secas e das geadas.

Grande parte dos 80.000km2 do vale apresentava colinas, lagoas e zonas pantanosas que foram adaptadas à agricultura mediante aplicação de engenhosas técnicas de preparo de terreno para cultivo, drenagem e aterro. Uma das mais interessantes entre essas técnicas consistia na construção de canteiros flutuantes -- as chinampas -- por meio do empilhamento de galhos de árvores, barro e limo, que acabavam por fixar-se no fundo dos lagos. Sem animais de tração para a agricultura, os astecas contavam com cães e perus para uso doméstico. O milho era a cultura mais importante, ao lado da pimenta e do feijão.

A população relativamente grande do vale do México, que somava entre um milhão e um milhão e meio de habitantes em 1519, foi um dos fatores que levaram os astecas a conquistar outras regiões e comerciar com povos vizinhos.

Os pochtecas, poderosa classe de mercadores, organizavam as caravanas comerciais e controlavam os mercados das cidades. A cidade de Tenochtitlan, que chegou a ter 13km2, incluídos os bairros periféricos e as chinampas, era o centro político e artesanal do império. A maior parte de sua população, que chegava a cem mil pessoas em 1519, era composta de administradores, guerreiros, comerciantes e artesãos.